O presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), que controla uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, com 59 parlamentares em 2023, diz que está disposto a conversar com o PT para integrar a base aliada do governo Lula, e garante que não estará na oposição. A declaração do líder partidário ocorreu em entrevista ao jornal O Globo.
Bivar, que, há quatro anos, cedeu o PSL para que Bolsonaro fosse eleito presidente, hoje diz que é um “radical do Estado de direito” e quer concorrer à presidência da Câmara dos Deputados no ano que vem. Ele disse que não fará nenhuma objeção para o partido estar na base petista e falou até em “dívida histórica” com a esquerda.
“Isso é uma discussão que vai além da presidência (do partido). Tenho que discutir com a bancada, mas eu não faço nenhuma objeção. Tudo é uma questão de conversar com o governo. Mas não existe, por conta disso, uma aliança dogmática. Nós temos os princípios do União Brasil”, afirmou o parlamentar.
Bivar, no entanto, deve encontrar resistências nos estados caso leve adiante seu plano de colocar o União Brasil nas mãos de Lula. O senador eleito da Paraíba, Efraim Filho (União), presidente estadual da legenda, sinalizou que vai se posicionar contra a ideia de integrar a base em reunião do partido.
Efraim Filho defende que haja uma oposição “responsável” ao novo governo. “Não irei baixar a cabeça para o PT”, disse ele, de forma enfática, ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, na semana passada. Por outro lado, o deputado federal reeleito Damião Feliciano (União) sinalizou o desejo de compor a base aliada petista.
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