Agendas de Efraim e de Sérgio Moro se reencontram no Senado

Publicado por: Felipe Nunes em

Efraim Filho e Sérgio moro no Senado / Foto: reprodução

Líder do União Brasil no Senado, o paraibano Efraim Filho tem como uma das “missões” no Congresso Nacional, orientar uma bancada com um dos nomes mais proeminentes da nova legislatura: Sérgio Moro, símbolo do combate à corrupção na extinta Operação Lava-Jato. O ex-juiz não é unanimidade, mas sua atuação promete pautar discussões importantes no Senado.

Desde que assumiram o cargo, no início desse mês, as agendas de Moro e de Efraim têm se intensificado, com diálogos e reuniões sobre assuntos em pautas na Câmara Alta. De um lado, o paraibano tem priorizado a agenda econômica, enquanto Moro busca apoios para projetos como a retomada da prisão em segunda instância.

Entre uma discussão e outra, as agendas de ambos os políticos tem se encontrado no Senado. Mas, embora tenham se aproximado de forma mais estreita a partir da última eleição, essa relação entre Efraim e Moro começou há mais tempo, tendo sido marcada por gestos de apoios públicos e trocas de gentilezas nas redes sociais e em entrevistas.

Em outubro de 2015, no auge da Operação Lava-Jato, quando presidia a CPI dos Fundos de Pensão, Efraim Filho encontrou-se com o então juiz federal. Na ocasião, ele e o relator da CPI, Sérgio Souza, foram a Curitiba para trocar informações sobre investigados que apareciam em investimentos suspeitos promovidos pelos fundos. Na época, o fato foi amplamente noticiado pela imprensa.

Cinco anos depois, quando Moro renunciou ao cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro, o então deputado federal Efraim Filho foi às redes sociais lamentar a saída de Moro da gestão federal. Na época, Efraim escreveu: “sua saída significa decepção no sonho de milhões de brasileiros. Notícia ruim para o governo e pior para o Brasil”.

Já eleito senador, de acordo com notícia divulgada pelo Estadão em novembro passado, Sérgio Moro procurou o parlamentar paraibano para tentar driblar o isolamento que vislumbrava enfrentar no Senado. As dificuldades viriam de parte de parlamentares críticos à Operação Lava Jato.

Com um histórico de gentilezas, é bem provável que Efraim não tenha dificuldades na relação com Sérgio Moro, mas num contexto diferente de outrora.

Se antes a relação era entre um deputado e um juiz (posteriormente, ministro da Justiça), agora o diálogo é entre dois senadores. Um com mais experiência política, outro que chega em busca de apoios para levar adiante seus ideiais.

Felipe Nunes (de férias)

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