O governo Lula 3 e o Partido dos Trabalhadores (PT) parecem mesmo decididos a reescreverem a história com base em suas narrativas. Com o auxílio de decisões judiciais favoráveis, agora o partido se prepara para investir no controle da informação. Por um lado, com a tentativa de regular as redes sociais, e agora, com a ideia de possuir canais abertos de rádio e TV.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira (07). De acordo com o jornal, em ofício assinado pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e pelo secretário de comunicação da legenda, Jilmar Tatto, o PT encaminhou ao Ministério das Comunicações um pedido para que o partido seja autorizado a ter concessões de TV e rádio.
No documento, os petistas dizem que a outorga dos sinais seria importante para a promoção do “debate” e da “educação política” no país. O jornal informa que, hoje, nenhuma agremiação tem autorização do poder público para atuar como dona de emissora aberta.
Procurado pelo GLOBO, o Ministério das Comunicações, comandado por Juscelino Filho (União-MA), informou que recebeu o documento na terça-feira à tarde, mas que ainda não há processo administrativo aberto sobre o assunto.
Ainda segundo o jornal, o secretário Tatto diz que a intenção é promover a “ideologia” do PT. Segundo ele, “a vida é tão dinâmica que todos os dias é preciso opinar”. “O PT tem mais de dois milhões de filiados. Pelo menos 30% das pessoas fazem referência ao PT como partido preferido. Estamos nas redes e plataformas, inclusive temos a TV PT na web. Mas qual é nossa avaliação, e isso vale para outros partidos? Que deveríamos pleitear um canal aberto para divulgar nossa ideologia, o que o PT pensa”, afirmou.
Por mais boa vontade que tenhamos, o Brasil de 2023 está cada vez mais parecido com o país fictício de Oceania, do romance 1984, de George Orwell, onde os cidadãos eram constantemente vigiados e controlados pelo Grande Irmão (o partido), num cenário de guerra constante, distorção da linguagem, vigilância governamental e manipulação da história. Se vivo fosse, o ensaísta político inglês ficaria um tanto abismado com os caminhos da democracia brasileira…
Agenda Política – Felipe Nunes