O presidente nacional do Partido liberal, Valdemar Costa Neto, anunciou que caberá ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a definição sobre as candidaturas à presidente e vice paras as eleições nacionais de 2026. Durante entrevista concedida ao programa Correio Debate, da Rádio Correio de João Pessoa, na tarde desta segunda-feira (17), o correligionário do ex-chefe do Executivo afirmou que ainda crê que as condenações sofridas por ele na Justiça Eleitoral cairão e que ele poderá disputar as eleições majoritárias daqui a dois anos.
Questionado se caberá a Bolsonaro o papel de escolha sobre os nomes que representarão a direita em uma chapa presidencial nas eleições de 2026, Waldemar rapidamente garantiu, que caso não seja candidato por impedimentos com a Justiça Eleitoral, Bolsonaro indicará os nomes que ele acredite serem os melhores para representar como presidente e vice.
Valdemar também garantiu, que apesar de não acreditar que Bolsonaro seja preso em decorrência dos inquéritos movidos contra ele no Poder Judiciário, mesmo que o ex-presidente seja preso não perderá seu papel de liderança da direita e que terá sua opinião ouvida.
O ex-deputado fez questão de reforçar que não vê um caminho para a prisão do correligionário, para ele além de faltar materialidade nas denúncias, os próprios adversários de Jair entendem que ele preso ganhará força e apoio político que poderiam ajudar na sua recondução à presidência da República.
Urnas eletrônicas
Valdemar também destacou que ao contrário do que muitos apoiadores de Bolsonaro afirmam, ele não desacredita na capacidade das urnas eletrônicas de servirem como equipamento útil e incorruptível do processo eleitoral brasileiro. Segundo Valdemar, apesar de discordar de Bolsonaro no tema, o apoiou em questionamentos feitos por ele acerca da integridade das urnas eletrônicas e da inviolabilidade de seus sistemas. Costa neto concluiu garantindo que ainda assim entende que a impressão do voto, muito defendida pela direita, como meio de aferição das urnas é uma necessidade para se reforçar a lisura de todo o pleito e aumentar os níveis de confiança do eleitorado.
Avaliação dos erros
Para Costa Neto, o próprio Bolsonaro, ainda que não reconheça, entendeu que o seu discurso de contrariedade às vacinas de imunização contra Covid-19 foi um erro em um momento crítico em que o país enfrentava a pandemia. O presidente do PL calcula que Bolsonaro tenha perdido o apoio de cerca de oito milhões de brasileiros durante as eleições e que isto poderia ter sido evitado, pois as vacinas foram garantidas à população pelo próprio Governo Federal.