
João Pessoa figura entre as capitais brasileiras com melhor desempenho em saneamento básico, de acordo com o Ranking ABES da Universalização do Saneamento 2025, divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). A capital paraibana foi enquadrada no nível “Compromisso com a universalização”, posicionando-se entre as seis capitais mais bem avaliadas do país.
O estudo aponta que o avanço rumo à universalização ainda é restrito no Brasil. Dos 2.483 municípios analisados, apenas 63 — o equivalente a 2,54% — estão próximos de atingir a cobertura plena dos serviços de saneamento. Apesar de representarem uma parcela pequena do total de cidades, esses municípios concentram cerca de 80% da população brasileira, incluindo todas as capitais. Em um patamar ainda mais elevado, somente 1,13% dos municípios alcançou a classificação máxima, denominada “Rumo à universalização”.
Entre as capitais, apenas Curitiba (PR) atingiu o nível mais alto do ranking. Na sequência aparecem Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e João Pessoa (PB), o que reforça o protagonismo da capital paraibana no cenário nacional quando o assunto é saneamento básico.
O levantamento também evidencia as dificuldades enfrentadas pela maioria dos municípios brasileiros. Cerca de 74,22% estão classificados no nível “Empenho para a universalização”, enquanto 12,36% figuram em “Compromisso com a universalização” e 10,87% ainda permanecem nos “Primeiros passos para a universalização”. A avaliação considera cinco indicadores centrais: abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos domiciliares e destinação final adequada dos resíduos urbanos.
O desempenho de João Pessoa ganha ainda mais relevância diante do impacto direto do saneamento básico na saúde pública. O ranking demonstra que municípios mais próximos da universalização registram índices significativamente menores de internações por doenças relacionadas à falta de saneamento. Em cidades com mais de 100 mil habitantes, a taxa de internações diminui de forma consistente à medida que os indicadores melhoram.
Apesar dos resultados positivos observados em algumas capitais, o estudo alerta para a necessidade de ampliar os investimentos no setor. Dados analisados pela ABES indicam que os recursos atualmente aplicados ainda são insuficientes para garantir a universalização dos serviços, o que pode comprometer a continuidade dos avanços.
Especialistas ouvidos pela entidade destacam que o histórico de subfinanciamento do saneamento básico no Brasil representa um obstáculo à ampliação e modernização da infraestrutura, reforçando a importância de políticas públicas permanentes e investimentos estruturantes para sustentar e expandir resultados como os alcançados por João Pessoa.
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