O desembargador Leandro dos Santos renunciou aos cargos de vice-presidente e de corregedor do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). O ofício com pedido de renúncia foi encaminhado à Presidência da Corte e lido em sessão ordinária na tarde desta segunda-feira (27).
Apesar de não ter explicado as razões da solicitação, que foi aprovada pelos membros da Corte, o blog Agenda Política apurou que a decisão se deu em razão de um ajuste no calendário de rodízio dos desembargadores indicados pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) ao TRE-PB.
O pedido de renúncia foi lido pelo Juiz José Ferreira Ramos Junior, decano da Corte Eleitoral, que presidiu a sessão em razão de viagem institucional de Fátima Bezerra. O desembargador Leandro dos Santos não esteve na sessão durante a leitura do ofício.
Durante a sessão, membros do TRE-PB elogiaram o trabalho de Leandro dos Santos durante seu período de atuação no TRE-PB, que contemplou as eleições de 2022, quando presidiu o processo eleitoral.
Pelo rodízio da Corte, na linha de sucessão seria a vez do desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos assumir as funções de vice-presidente e de corregedor do TRE-PB, mas ele declinou de ocupar esses espaços durante a sessão. “Registro o grande trabalho do desembargador Leandro, a quem admiro de muitos anos, com grande vocação de juiz eleitoral”, disse.
Com isso, a decisão sobre a escolha do novo vice-presidente e corregedor do TRE-PB ocorrerá na próxima quarta-feira.
Presidência
O desembargador Leandro dos Santos foi presidente do TRE-PB entre março e novembro do ano passado, período em que comandou o processo eleitoral na Paraíba. Desde o fim do ano ano passado, ele estava acumulando as funções de vice-presidente de corregedor do TRE-PB, tendo sido substituído na Presidência pela desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, que segue à frente da Corte Eleitoral.
No discurso de despedida da Presidência, o magistrado classificou as eleições de 2022 como “desafiadoras”, graças ao clima de polarização que dividiu o país por meio de ideologias antagônicas. “Nós vencemos”, discursou, ao lembrar que a “força motriz” da Justiça Eleitoral levou à paz e à segurança do pleito.
O desembargador citou, também, ações desenvolvidas pela gestão dele na transparência dos atos do tribunal e, no campo das eleições, ações de valorização da mulher e no combate à desinformação. “Minha trajetória nesse tribunal não será enterrada na curva do rio que define o tempo”, disse na época. “Não haverá, portanto, descanso”, reforçou.
Assista ao vídeo a seguir a partir do minuto 30
Agenda Política