A última pesquisa disponibilizada pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP), realizada em açougues de feiras livres e supermercados, aponta que o quilo da picanha nacional pode ser encontrada a R$ 35,00 em João Pessoa, Capital da Paraíba, podendo chegar a R$ 109,90.
Segundo o levantamento, que visitou 18 estabelecimentos e traz preços de 98 tipos de carnes, cortes como maminha (R$ 29,99), Alcatra (R$ 32,00), Cupim (R$ 30,00) e Contra-filé (R$ 32,00) podem ser encontrados a um custo relativamente razoável.
A pesquisa ainda aponta variações no quilo do filé bovino com cordão, que pode ser encontrado entre R$ 35,00 e R$ 82,99, variando 137,11%; da charque dianteira cujos preços vão de R$ 32,00 a R$ 66,99, uma variação de 109,34%; e filé bovino sem cordão, a R$ 34,99 em média, com preços entre R$ 45,00 e R$ 79,99.
A despeito da diferença de preços entre estabelecimentos, o fato é que houve uma queda no preço das carnes no Brasil, nos últimos 12 meses. Mas essa queda não tem nada a ver com intervenção política.
O que dizem os economistas?
Para explicar a redução no preço das carnes, o blog Agenda Política ouviu dois economistas.
O primeiro, Werton Oliveira, da Ekonomy Consultoria, disse que há um conjunto de fatores que influenciam positivamente nessa queda, sendo um deles a quantidade de oferta no mercado.
“Sabemos que houve um embargo da China em nossa carne, o que impactou nos preços. Houve uma queda porque havia muitos produtos no mercado, fazendo o preço cair. E outro fator é o valor da ração animal. Se essa ração ficar mais em conta, naturalmente o boi gordo é vendido mais em conta, o que impacta no preço final”, lembrou.
Para o economista Hugo Queiroz, consultor do mercado financeiro, outro fator que influenciou na redução foi a queda do consumo das carnes, jogando os preços para baixo, e o aumento da oferta de gado para abate. “Em paralelo a isso observamos um impacto inflacionário na renda das famílias, o que impactou um pouco na dinâmica de consumo”, avaliou.
Hugo Queiroz avaliou, ainda, que há uma perspectiva de continuidade de queda nos preços, fato que já vem ocorrendo há 12 meses. “Não veremos isso mudar no curto prazo e a perspectiva é isso continuar. Isso foi simplesmente um efeito do mercado se ajustando, das regras entre oferta e demanda prevalecendo nos bens e mercadoria no consumo das famílias”, finalizou. (OUÇA ABAIXO).
Agenda Política