Motorista envolvida em confusão com apoiadores de Bolsonaro se recusou a fazer teste do bafômetro, confirma delegado

Publicado por: Felipe Nunes em

Coube ao delegado Eduíno Facundo de Almeida, plantonista na Central de Flagrantes nesta quarta-feira (03), autuar e prender em flagrante uma mulher com sinais de embriaguez, que teria avançado com o carro sobre uma manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), em João Pessoa. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, ele disse que a motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro.

Professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Flávia Bonolo Dantas foi liberada após pagar fiança de R$ 600, de acordo com o termo de fiança elaborado pela Polícia Civil da Paraíba. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o carro em que ela estava avança sobre um grupo de bolsonaristas. Em seguida, o veículo é cercado por manifestantes e tem o pára-brisa danificado. A defesa nega que ela estivesse embriagada.

“A versão oficial é que a moça foi autuada em flagrante porque recusou-se a fazer o teste do bafômetro, então a guarnição do trânsito colocou a recusa, sendo que ela estava com a fala muito alterada. Isso consta no termo de alteração psicomotora. Foi elaborado o flagrante por alcoolemia”, contou o delegado.

De acordo com a defesa de Flávia, apesar de ter negado inicialmente o teste, ela requisitou em seguida a realização do etilômetro, o que não foi concedido pela Polícia Civil. “Foi ela quem recusou-se a fazer o teste. Ela também fez exame de corpo de delito, pois tem lesões no seio que segundo ela foram provocadas pelos manifestantes”, acrescentou o delegado, que determinou ainda uma perícia no veículo da professora.

Do lado dos manifestantes, pelo menos três mulheres disseram que foram atingidas pelo carro, mas somente uma delas teve constatada lesão corporal. O caso será encaminhado para a 3ª Delegacia Distrital, que dará continuidade às investigações.

O que dizem os advogados?

O advogado Getúlio Sousa, que representa a professora, negou que ela teve a intenção de atropelar os manifestantes. Ele também negou que a cliente estivesse embriagada. “O fato é que quando ela estava passando, bateram no carro dela e no adesivo do candidato eleito Lula, e por isso o carro foi cercado. Quando ela tentou sair, houve realmente um abalroamento em algumas pessoas”, afirmou Getúlio.

Já o advogado Roberto Capistrando, que representa os manifestantes, negou que eles tenham iniciado as provocações. “Ela estava totalmente embriagada, bastante agressiva. A embriaguez foi devidamente demonstrada”, opinou o advogado, que promete mover ações criminais contra a professora.

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