Exclusivo: mais de 300 colaboradores acusam de ‘calote’ organizadora do concurso da Procuradoria Geral da Paraíba

Publicado por: Felipe Nunes em

Cerca de 300 colaboradores que trabalharam no concurso da Procuradoria Geral do Estado da Paraíba (PGE-PB) acusam de ‘calote’ o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pelo certame.

Eles atuaram nas provas organizadas pela banca, nas funções de fiscal de sala e fiscal de Direito, mas um mês depois da aplicação das provas, ainda não receberam os valores referentes aos trabalhos prestados para a empresa. Segundo o contrato, o pagamento cairia nas contas cadastradas até o 15º dia útil após o concurso, ou seja, dia 27 de setembro.

A Cebraspe também tem sido acusada de aplicar supostos golpes em concursos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Procuradoria-Geral do DF (PGDF) e da Olimpíada de Matemática. Os trabalhadores paraibanos tentaram entrar em contato com a empresa, mas sem sucesso.

A reportagem do Agenda Política recebeu a cópia de um dos e-mails enviados para a empresa. Nele, um fiscal de sala afirma que “vai tomar as medidas legais de cobrança e execução de contrato com as devidas correções e multa por atraso”. O e-mail não foi respondido até o fechamento desta reportagem. (LEIA ABAIXO).

Os fiscais também reclamam de falta de apoio para a aplicação do certame, como espaço de tempo adequado para refeições. Eles vão se juntar em uma ação coletiva no Ministério Público contra a Cebraspe. “Estamos nos articulando, via grupo, para acionarmos o Ministério Público com uma ação coletiva. Todo mundo trabalhou direitinho, o dia inteiro, e na hora de receber eles nos dão calote? É imoral”, disse outro fiscal.

A empresa é a mesma que vai cuidar do concurso da Polícia Civil da Paraíba. As provas serão realizadas nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022

CONFIRA O E-MAIL ENVIADO À CEBRASPE.

OUTRO LADO

A empresa não atendeu as ligações da reportagem. A Procuradoria Geral do Estado disse que não foi informada sobre o suposto calote e que é a empresa quem deve responder sobre as acusações dos trabalhadores.

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