Ícone da imprensa brasileira, o jornalista Boris Casoy se pronunciou, nesta quinta-feira (20), sobre as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a atuação de veículos de imprensa no período eleitoral. O caso que mais repercutiu é o da Jovem Pan, que está sob censura desde o início da semana, a pedido da coligação do ex-presidente Lula (PT), candidato a presidente.
“Estou medindo as palavras. Isso tem um nome: fere a Constituição. Fere frontalmente. Isso se chama censura prévia”, comentou o jornalista. A Justiça Eleitoral determinou, num pedido feito pela Coligação Brasil da Esperança, a retirada do ar peças publicitárias de campanha eleitoral, feita por adversários, com a temática “Lula mais votado em presídios” e “Lula defende o crime”.
Por 4 votos a 3, os ministros decidiram ainda que os jornalistas da emissora não reproduzam essas críticas contra Lula, sob pena de multa diária para o canal e para os jornalistas de R$ 25 mil. Na ação, os advogados da Coligação Brasil da Esperança, de Lula, pediram ainda o direito de resposta por comentários feitos por jornalistas da Jovem Pan.
“O TSE tantou deitou e rolou que acabou tropeçando em suas próprias decisões. Eu não quero classificar essa decisão do TSE como algo em benefício do candidato Lula, mas se você olhar as decisões, você vai perceber que há um desequilíbrio favorável ao candidato petista. E o TSE, que é irmão-gêmeo com o STF acabou cometendo um grave equívoco”, lamentou Casoy.
Assista ao vídeo a seguir
Agenda Política
