O deputado federal Hugo Motta (Republicanos) considera natural uma possível aproximação entre o governador João Azevêdo (Cidadania) e o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), em relação ao pleito de 2022. Em entrevista concedida ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, ele avaliou que um provável diálogo entre os dois políticos é consequência de uma desorganização do grupo oposicionista na Paraíba.
“A oposição vem desarrumada desde a eleição de 2018 e até hoje não se encontrou. Acho que a Paraíba concorda com isso. Romero está vendo esse tabuleiro desarrumado, mesmo tendo se lançado como pré-candidato a governador, tem capacidade pra isso, foi um bom prefeito, mas ele está vendo a oposição desajustada e não consegue colocar uma campanha na rua sozinho”, considerou.
Hugo Motta disse, também, que se a aliança entre Azevêdo e Romero vier a ser concretizada, ficará inviável a permanência de Romero Rodrigues e o senador Veneziano Vital do Rêgo, adversários históricos, no mesmo campo político.
“Acho que é incompatível ali os dois no mesmo lugar, pelo menos até então, mas é natural que essas conversas aconteçam. O que vejo é que está todo mundo conversando com todo mundo. Você sabe mais que eu, que quando uma conversa sai, já houve mais conversas. Acho legítimo e natural o govenador buscar fortalecer seu projeto e agregar ainda mais lideranças”, acrescentou.
Construção da chapa majoritária
Hugo Motta reafirmou apoio ao projeto de João Azevêdo para 2022, mas ponderou que seu partido, o Republicanos, quer ser ouvido nas discussões futuras de composição da chapa. “Com o tamanho que o nosso partido tem, vamos discutir e queremos participar da formação da chapa”, ressaltou.
O parlamentar também reafirmou apoio às pautas do Governo Bolsonaro no Congresso Nacional, mas não adiantou se vai estar ao lado do presidente na disputa pela reeleição no próximo ano. A entrevista foi concedida ao jornalista Luís Torres.
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