Estados Unidos e União Europeia repudiam declarações de Lula sobre guerra na Ucrânia

Publicado por: Felipe Nunes em

Lula da Silva, presidente do Brasil, comenta guerra no leste Europeu / Foto: reprodução

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responsabilizando também a Ucrânia pela invasão provocada pela Rússia provocaram surpresa, perplexidade e desconforto na comunidade internacional. Na edição desta segunda-feira (17), o Jornal Nacional, da TV Globo, informou que Estados Unidos e União Europeia repudiaram as declarações do petista.

As duras respostas ao governo brasileiro vieram no mesmo dia em que o país recebeu o chanceler russo Sergei Lavrov, em Brasília, propagandista do presidente russo, Vladimir Putin. Segundo a Casa Branca, o posicionamento de Lula sobre o conflito é “profundamente problemático” e “equivocado”, além de repetir propaganda da Rússia e da China.

Nos últimos dias, de acordo com o JN, autoridades americanas deixaram o tom diplomático de lado e afirmaram que acreditam que o Brasil está tentando ajudar a Rússia. O telejornal informou que, pela primeira vez, a Casa Branca afirmou publicamente que o Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos.

O porta-voz da União Europeia também respondeu às declarações feitas pelo presidente Lula. Peter Stano afirmou que a Rússia é a única responsável pela guerra. Ele negou que as ações do bloco tenham alimentado o conflito e enfatizou que a Rússia é a agressora. “A verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal que viola a Carta das Nações Unidas”, disse.

Além do principal telejornal do país, comentaristas de política internacional, a exemplo de Guga Chacra, classificaram a postura do presidente como “absurda”. O estopim para a reação internacional são as recentes declarações de Lula de que  “A decisão da guerra foi tomada por dois países”, disse, antes de deixar os Emirados Árabes, onde cumpriu agenda internacional. A guerra, vale lembrar, começou em 24 de fevereiro de 2022, quando bombas russas foram lançadas contra alvos militares ucranianos.

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