O ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal, Flávio Dino, demitiu nesta quinta-feira (15), o policial Caio Márcio Ângelo de Sousa dos quadros da Polícia Federal. “Caio da Federal” ou “Policial Caio”, como ficou mais conhecido, foi candidato a deputado federal nas últimas eleições, mas não conseguiu se eleger.
De acordo com a portaria, assinada pelo auxiliar de Lula (PT) e publicada nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial da União (DOU), a demissão se deu “pelo cometimento das infrações disciplinares previstas nos artigos 43, incisos XII, XX e XXIV, da Lei nº 4.878/65, e 116, inciso II, da Lei nº 8.112/90, ao valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária (….)”.
Na mesma portaria, o ministro determinou o encaminhamento de cópias da decisão à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal e o encaminhamento das respectivas peças jurídicas à Controladoria-Geral da União, conforme enunciados da Consultoria-Geral da União em matéria disciplinar, e ao Tribunal Superior Eleitoral.
Caio Marcio recebeu apenas 6.850 votos em 2022, tendo ficado na suplência do Partido Liberal. Nas eleições, teve que mudar o nome de “Caio da Federal” para “Policial Caio” após ações questionarem a utilização da função de policial na PF como forma de se autopromover perante o eleitorado.
Em nota enviada ao blog Agenda Política, assinada pelos advogados Aécio Farias e Ravi Vasconcelos, a defesa de Caio Márcio disse que o policial é vítima de perseguição política por parte do ministro Flávio Dino (Leia a seguir).
“Trata-se de manifesta, escancarada e absurda perseguição política unicamente por ter o policial apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. O mais bizarro foi a assinatura de um ex-governador e atual senador do PT na Portaria de demissão Até o mais incauto dos estudantes de direito conseguem interpretar que usar o nome Caio da Federal não é usar do cargo. Somente Jesus foi tão perseguido. Vamos à justiça!”
Agenda Política