Desembargadora Fátima Bezerra analisará ‘imbróglio’ sobre presença do PROS em duas coligações na Paraíba

Publicado por: Felipe Nunes em

Caberá ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) decidir de que lado ficará o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) em âmbito local. A legenda vive uma batalha jurídica entre dois grupos, que defendem caminhos distintos para as eleições desse ano: aliança com o candidato a reeleição João Azevêdo (PSB) ou a defesa do projeto do candidato Pedro Cunha Lima (PSDB)?

De acordo com o sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacand) da Justiça Eleitoral, a legenda foi cadastrada nas duas coligações, pelos dois grupos que divergem internamente. No mundo jurídico, isso é chamado de “dissidência partidária”, que será sanada pela Justiça Eleitoral no julgamento das coligações que vão disputar o pleito de outubro.

A divergência se dá em torno do atual presidente do partido no estado, Adauto Tavares, que apoia Pedro Cunha Lima, e o ex-presidente da legenda, Gilvan Raposo, ligado a João Azevêdo. O grupo de Adauto indicou André Amaral como primeiro suplente de Efraim Filho e espera se manter à frente da legenda.

De acordo com a secretária Judiciária e da informação do TRE-PB, Anália Castilho da Nóbrega, ambos os pedidos de coligação serão distribuídos ao mesmo relator. A decisão caberá à desembargadora Maria de Fátima Bezerra Maranhão, vice-presidente da Corte.  “Isso já ocorreu em outros pleitos a dissiência e isso será decidido no julgamento”, explicou.

De onde surge a divergência?

A divergência na Paraíba advém de uma “guerra” pelo comando nacional do partido. A liderança do PROS já mudou 3 vezes de 31 de julho para cá, todas elas por meio de decisões judiciais que envolvem o atual presidente, Eurípedes Júnior, e o ex-presidente, Marcus Holanda.

Sob o comando de Eurípedes, o atual presidente, o Pros fez um acordo com o PT para apoiar Lula já no 1º turno, incluindo a Paraíba. Eurípedes é alinhado a Gilvan Raposo, que tenta retomar o controle do partido no estado.

Já a ala anti-Lula é liderada por Marcus Holanda, que tentou emplacar a candidatura de Pablo Marçal ao Planalto, e ligada a Adauto Lourenço, que segue como presidente do partido por meio de uma liminar assinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

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