O ministro da Previdência, Carlos Lupi, já defendeu o voto impresso e auditável para a recontagem eventual de votos em eleições brasileiras uma entrevista para a Rádio Arapuan FM, em maio de 2021. Na época, o presidente nacional do PDT explicou uma campanha encabeçada pelo partido defendendo aprimoramentos no sistema de votação brasileiro.
O tema voltou à discussão depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de ação movida pelo PDT e que pode torná-lo inelegível em julgamento no TSE, recuperou um vídeo de Lupi, do ano passado, defendendo o mecanismo do voto impresso. O ex-presidente utilizou o vídeo para criticar o julgamento da Corte Eleitoral.
Em áudio enviado ao jornalista Felipe Nunes, autor do blog em 2021, para a Rádio Arapuan FM, Lupi justificou a defesa do voto impresso relembrando que o mecanismo foi defendido pelo “ícone” do partido, Leonel de Moura Brizola, e que o fato de políticos de direita defenderem a mesma ideia não tiraria a legitimidade da pauta. Na mesma edição do programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, o então presidente do PDT da Paraíba, Renato Feliciano, chegou a dizer que “encabeçaria” a campanha pelo voto impresso no estado.
Na última terça-feira (27), o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso no TSE, votou pela inelegibilidade de Bolsonaro, afirmando que o político de direita difundiu “pensamentos intrusivos a respeito de fraudes eleitorais imaginárias” e que existiu um “flerte perigoso com o golpismo”. A base da ação é uma reunião com embaixadores ocorrida no Palácio do Planalto. Bolsonaro fala em “perseguição política” e usa o vídeo de Lupi para sustentar sua tese.
Carlos Lupi, presidente do PDT: “Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem. Sem a recontagem, *a fraude impera”.* pic.twitter.com/3BZFoZK1fy
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2023
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