Braiscompany entra na mira de CPI que vai investigar pirâmides financeiras com criptomoedas

Publicado por: Felipe Nunes em

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) autorizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP), para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas, incluiu nesta quinta-feira (18), na lista de alvos, a empresa Braiscompany, gestora de criptoativos com sede em Campina Grande.

A informação foi confirmada ao blog Agenda Política pelo presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que propôs a criação da comissão.

A CPI terá prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias. O colegiado será formado por 32 titulares e 32 suplentes, que serão indicados pelas lideranças partidárias. Ainda não foi definida a data de instalação da CPI. O ato de criação foi lido pelo 1º vice presidente da Mesa, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).

A CPI foi proposta pelo com o apoio de 171 deputados, e vai investigar 11 empresas, identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que teriam realizado operações fraudulentas com uso de criptomoedas, incluindo a Braiscompany. Essas empresas são acusadas de se utilizar de divulgação de informações falsas sobre projetos e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar um esquema de pirâmide financeira.

Braiscompany

Nesta quinta-feira (18),  Polícia Federal deflagrou a Operação SELECT II, com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais, em tese, cometidos por sócios e colaboradores da Braiscompany. Trata-se de desdobramento da Operação Halving, deflagrada em janeiro.

Os donos da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, seguem foragidos.  No dia 24 de fevereiro, A Justiça Federal determinou, a pedido dos investigadores, as prisões preventivas dos dois. Ao acolher um pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Vinícius Costa Vidor também determinou a inclusão do mandado em difusão vermelha da Interpol.

Agenda Política

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