A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) autorizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP), para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas, incluiu nesta quinta-feira (18), na lista de alvos, a empresa Braiscompany, gestora de criptoativos com sede em Campina Grande.
A informação foi confirmada ao blog Agenda Política pelo presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que propôs a criação da comissão.
A CPI terá prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias. O colegiado será formado por 32 titulares e 32 suplentes, que serão indicados pelas lideranças partidárias. Ainda não foi definida a data de instalação da CPI. O ato de criação foi lido pelo 1º vice presidente da Mesa, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).
A CPI foi proposta pelo com o apoio de 171 deputados, e vai investigar 11 empresas, identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que teriam realizado operações fraudulentas com uso de criptomoedas, incluindo a Braiscompany. Essas empresas são acusadas de se utilizar de divulgação de informações falsas sobre projetos e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar um esquema de pirâmide financeira.
Braiscompany
Nesta quinta-feira (18), Polícia Federal deflagrou a Operação SELECT II, com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais, em tese, cometidos por sócios e colaboradores da Braiscompany. Trata-se de desdobramento da Operação Halving, deflagrada em janeiro.
Os donos da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, seguem foragidos. No dia 24 de fevereiro, A Justiça Federal determinou, a pedido dos investigadores, as prisões preventivas dos dois. Ao acolher um pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Vinícius Costa Vidor também determinou a inclusão do mandado em difusão vermelha da Interpol.
Agenda Política