Um relatório do Banco Mundial, com indicadores sociais de todo o mundo, aponta que a extrema pobreza no Brasil caiu para o menor patamar da série histórica, iniciada em 1980. O documento aponta que a taxa do país foi a que mais recuou na América Latina no ano. A instituição considera em extrema pobreza as pessoas que recebem até US$ 2,15 por dia.
De acordo com o relatório, as pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza eram 5,4% da população em 2019. A taxa caiu para 1,9% em 2020, o que corresponde a uma redução de 3,5 pontos percentuais. Em quantidade, o número passou de 11,37 milhões para 4,14 milhões de brasileiros no período. Ou seja, 7,23 milhões saíram desta situação.
A informação do Banco Mundial corrobora com declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em debates com o concorrente, o atual presidente contestava informações sobre o aumento da extrema pobreza em seu governo, valendo-se de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), presidido pelo paraibano Erik Figueiredo, que apontava para uma redução dos índices da extrema pobreza no período.
De acordo com o relatório do Banco Mundial, em 2020, um número maior de pessoas passou a receber o auxílio emergencial por causa da pandemia de covid-19. O valor médio do benefício aumentou em comparação com o Bolsa Família. A porcentagem caiu ainda mais em 2021 e 2022, já que mais pessoas passaram a receber o Auxílio Brasil.
O país mais próximo de chegar a essa redução na América Latina foi o Paraguai, que diminuiu de 1% para 0,8% –uma queda de 0,2 ponto percentual. O Brasil também foi o país da América Latina que mais reduziu a extrema pobreza de 2016 a 2020. Caiu 2,8 pontos percentuais, de 4,7% para 1,9%.
Ecio Costa, professor de economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) disse que o auxílio emergencial e outros benefícios estaduais foram programas “muito importantes” para a população.
Confira a publicação a seguir
🇧🇷 Com a atualização, o % de pessoas abaixo da linha de pobreza no Brasil caiu de 5,39% em 2019 para 1,95% em 2020. Nos EUA, é de 1,00%. Em Portugal, 0,15%. Na Argentina, aumentou de 0,78% em 2019 para 1,07% em 2020. Programas de transferência de renda precisam ser prioridade.
— Ecio Costa (@eciocosta) November 5, 2022
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