O ex-candidato ao Governo do Estado, Nilvan Ferreira (PL), saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e chamou de “midiática” a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (03), para investigar suposta adulteração no cartão de vacina do político. Em entrevista ao autor do blog, repercutida na Arapuan FM, o comunicador lembrou que, antes, a polícia prendia acusados por corrupção.
“Respeito a decisão do STF de fazer as buscas e prisões, mas como cidadão temos o direito de questionar, pois ainda existe a fumaça da liberdade nesse país”, disse Nilvan ao chamar a operação de “cortina de fumaça” para comprometer o ex-presidente e exterminá-lo da política e da vida pública.
“Até bem pouco tempo atrás, a gente assistia à Polícia Federal fazendo busca e apreensão, prisões para prender gente com mala de dinheiro em casa, para prender corrupto, malversador do dinheiro público, e hoje a gente ver uma forma de condenar Bolsonaro por corrupção, por roubo, porque não encontraram isso aí tentam comprometer a imagem de Bolsonaro numa operação de pirotecnia”, disse em entrevista ao Arapuan Verdade.
Segundo Nilvan Ferreira, o ex-presidente, que disse publicamente não ter se vacinado, não tinha motivos para fraudar o cartão de vacinação, já que tinha autorização para viajar para outros países sem ter tomado a vacina contra a Covid-19. “Há uma velha máxima de que os ditadores, para governar, precisam aniquilar os adversários”, acrescentou Nilvan.
Operação contra Bolsonaro
A operação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante a Corte. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Dentre os alvos, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, são 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos. Intimado a depor, o ex-presidente disse que não compareceria à PF até que tivesse acesso aos autos do processo.
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