O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, um dos alvos do Primeiro Comando da Capital (PCC), que pretendia sequestrar e assassinar autoridades públicas, já trabalhou em ações conjuntas com um dos principais investigadores da Paraíba, o coordenador do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Octávio Paulo Neto.
Nesta quinta-feira (23), por meio de publicação nas redes sociais, Octávio Paulo Neto lamentou o ocorrido contra o colega. Além de ações investigativas, eles já palestraram em seminários sobre o combate ao crime, conforme apuração do blog.
Gakiya investiga o PCC, facção que age inclusive dentro dos presídios e fora do país, desde o começo dos anos 2000 e vive há mais de dez anos sob escolta policial 24 horas por dia por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe. Além dele, o senador Sérgio Moro (União) estava no alvo do grupo, que pretendia sequestrar e matar o ex-juiz e seus familiares.
Nas redes sociais, Octávio Paulo Neto destacou as qualidades do colega. “Ele é um dos membros do MP mais aguerridos, sinônimo de resiliência”, escreveu em uma publicação. “A cada passar de quadra tem sido mais difícil o pleno exercício da atividade de persecução penal criminal, principalmente quando enfrentamos os poderosos e as grandes facções”, disse.
Gakiya faz parte do Gaeco do Ministério Público de São Paulo de Presidente Prudente, no interior do estado. Em 2019, quando Sérgio Moro era ministro de Segurança Pública, governos federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes do PCC para penitenciárias de segurança máxima.
À época, a operação foi realizada depois que o Ministério Público descobriu um plano da facção para resgatar os principais líderes que estão presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior do estado. O promotor foi autor do pedido de transferência.
Em janeiro deste ano, Marcola foi transferido para uma penitenciária de Brasília.
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