A divulgação das imagens, pela CNN Brasil, que mostram uma suposta omissão do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do presidente Lula (PT) durante a invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, provocou uma onda de protestos entre parlamentares da direita pela soltura do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que atuava como secretário de segurança do Distrito Federal no dia das invasões aos prédios dos três Poderes em Brasília.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegam que, ao contrário do ex-ministro petista, que cuidava da segurança do Palácio do Planalto e que esteve no recinto durante as invasões, Anderson Torres estava de férias nos Estados Unidos. Eles veem diferença no tratamento dispensando para ambos, no âmbito judicial, por suposta omissão nos atos do dia 08.
Ex-secretário de cultura no governo Bolsonaro, o deputado Mário Frias (PL-SP) foi às redes sociais expor o apoio ao ex-colega de trabalho. “Mesmo estando de férias e fora do país, Anderson Torres foi responsabilizado pelos atos criminosos do dia 8 de janeiro e está preso até o momento. Enquanto isso, o ministro-chefe do GSI de Lula esteve no Palácio recepcionando os invasores como se nada estivesse acontecendo”, opinou.
O deputado mais votado do país em 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG), pediu a prisão do general Gonçalves Dias, “que estava dentro do palácio no momento da invasão e claramente se omitiu”, nas palavras dele. Filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma pergunta: “Por que Anderson Torres ainda está preso?”.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, também prestou solidariedade a Anderson Torres. “Orando pelo meu amigo querido e por sua família”, escreveu em mensagem no Twitter. O ex-ministro está preso desde o dia 14 de janeiro. Ele foi detido ao desembarcar de um voo dos Estados Unidos, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Nota do Palácio
Em nota divulgada nesta quarta-feira (19), o Palácio do Planalto disse que “o governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio” e que “todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”.
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