Advogado paraibano assina notícia-crime contra Lula por associar atos de 7 de setembro à ‘Ku Klux Klan’

Publicado por: Felipe Nunes em

Um advogado de Campina Grande, na Paraíba, integra um grupo de 63 advogados do país que apresentou, neste sábado (10), uma notícia-crime contra o ex-presidente Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, em razão de uma fala do petista associando as manifestações de 7 de Setembro, ligadas a Bolsonaro, ao movimento racista e antissemita criado nos EUA, Ku Klux Klan.

A ação contesta a fala de Lula proferida no dia 8 de setembro, em um comício em Nova Iguaçu (RJ), em que Lula afirmou: “Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador”. A declaração gerou reação imediata, inclusive de jornalistas, que viram na fala uma associação inapropriada e radicalizada.

De acordo com a notícia-crime, a fala do petista se enquadra nos crimes tipificados nos artigos 323 e 325, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), bem como viola artigo 20, §2º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP).

Na avaliação do advogado paraibano e dos demais signatários da ação, “atribuir a milhões de brasileiros ordeiros, das mais diversas etnias, trabalhadores que movimentam esse país, que foram às ruas manifestar seu amor, seu patriotismo no Bicentenário de Independência do Brasil, qualquer afinidade com o grupo “Ku Klux Klan”, é reprovável e inadmissível pela correlação em si”.

Ainda de acordo com a notícia-crime, Lula proferiu “ofensas de proporções inimagináveis, covardes com intuito de fomentar o ataque aos valores patrióticos e desestabilizar o processo eleitoral com discurso de ódio, comparando o povo do seu País ao grupo radical”.

Os advogados alegaram ainda que a fala de Lula cria “uma verdadeira separação de povos” ao afirmar que “quem vota pela reeleição de Bolsonaro é branco e da elite e quem vota no candidato Luiz Inácio Lula da Silva é o preto e pobre”.

A defesa de Bolsonaro também acionou a Justiça Eleitoral contra Lula. A coordenação jurídica do presidente entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a campanha do petista remova das redes sociais os vídeos em que compara os atos de 7 de setembro pró-Bolsonaro com uma reunião da Ku Klux Klan (KKK).

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