08 de janeiro: delegado de Brasília colhe depoimento de paraibanos por videoconferência; saiba detalhes

Publicado por: Felipe Nunes em

Paraibanos classificaram depoimentos como “tranquilos” / Foto: reprodução

Foi por meio de videoconferência que a Polícia Federal colheu o depoimento de parlamentares e políticos paraibanos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que foram incluídos em inquérito para apurar  os atos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023, em Brasília, que culminaram em crimes com a depredação das sedes dos três poderes.

Conforme apuração do blog, os depoimentos aconteceram de forma remota, à Polícia Federal em Brasília, tendo sido concluídos no fim de março, e foram conduzidos pelo delegado Roberto Santos Costa, com duração entre 10 e 15 minutos cada um.

As perguntas feitas a cada político foram similares, envolvendo questionamentos sobre possível financiamento dos atos ocorridos na Capital Federal, o que foi negado pelos paraibanos. Ouvidos pelo blog, os paraibanos avaliaram como “rápidas e técnicas” as perguntas feitas pelo investigador.

Na decisão, Moraes decidiu apurar as condutas de Eliza Virgínia (PP), vereadora, de Nilvan Ferreira (PL), comunicador, e do deputado estadual Walber Virgolino (PL), por autoria intelectual ou instigação dos atos cometidos no dia 8. Apenas Virgolino informou que ainda não foi ouvido pelos investigadores, apesar de ter sido comunicado da decisão.

A ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, também foi incluída no inquérito, para aprofundamento da investigação quanto ao envolvimento dela no núcleo de executores materiais dos supostos atos criminosos.  Em relação ao deputado federal Cabo Gilberto, a decisão determina o encaminhamento de cópia da representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

Ao blog, os políticos paraibanos, com e sem mandatos, também classificaram as oitivas como “tranquilas” e afirmaram que esperam ser inocentados ao final do processo já que, segundo eles, não há provas que sustentem a acusação de que tenham financiado ou instigado atos de vandalismo ou de terrorismo.

A decisão

Alexandre de Moraes, acolheu, em decisão assinada em 17 de março, um pedido da Procuradoria Geral da República para incluir políticos paraibanos nos inquéritos instaurados para apurar os crimes executados no dia 08 de janeiro de 2023 em Brasília, durante atos que culminaram com a depredação das sedes dos três poderes.

A decisão de Moraes é fruto de uma ação do PSOL da Paraíba, que inicialmente pedia a prisão dos políticos paraibanos, o que foi rejeitado pela Procuradoria Geral da República e pelo ministro Alexandre de Moraes.

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