A União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) repudiou, nesta segunda-feira (23), a fala do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou em entrevista à Globo News, na última semana, que o empresário brasileiro “não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou; ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam”.
O chefe do Executivo havia sido questionado sobre se considerava as responsabilidades social e fiscal antagônicas quando teceu críticas aos empresários. Na mesma entrevista, o petista criticou a atuação do Banco Central na condução da política monetária para conter a inflação com o uso da taxa de juros como principal instrumento. As declarações causaram preocupação ao mercado.
“Ao congregar as maiores representantes organizadas e de livre adesão do setor, a UNECS valoriza enormemente o árduo trabalho da classe empresarial brasileira como um todo, independente do porte ou do número de funcionários de cada estabelecimento, uma vez que, dos empreendedores individuais às grandes organizações, o empresariado representa robusta força institucional e contribui sobremaneira para o fortalecimento da livre iniciativa e para a construção de um país mais justo e próspero”, diz a nota.
“Assim, entendemos que a fala do presidente da República demonstra preconceito e desconhecimento sobre a importância do empresariado brasileiro. Mais do que isso, instiga o conflito nas relações entre patrões e empregados, em um contexto no qual a cooperação é fundamental para o sucesso de todas as partes”, acrescenta a entidade.
Leia a nota na íntegra a seguir.
A União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) repudia a fala do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o empresário brasileiro “não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou; ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam”. A menção se deu durante entrevista para o canal por assinatura GloboNews, nesta quarta-feira (18).
Ao congregar as maiores representantes organizadas e de livre adesão do setor, a UNECS valoriza enormemente o árduo trabalho da classe empresarial brasileira como um todo, independente do porte ou do número de funcionários de cada estabelecimento, uma vez que, dos empreendedores individuais às grandes organizações, o empresariado representa robusta força institucional e contribui sobremaneira para o fortalecimento da livre iniciativa e para a construção de um país mais justo e próspero.
Assim, entendemos que a fala do presidente da República demonstra preconceito e desconhecimento sobre a importância do empresariado brasileiro. Mais do que isso, instiga o conflito nas relações entre patrões e empregados, em um contexto no qual a cooperação é fundamental para o sucesso de todas as partes.
A UNECS está verdadeiramente empenhada para o estabelecimento de uma excelente relação com o novo governo, mas não pode admitir que o esforço e o trabalho de cada empresário brasileiro não seja reconhecido em sua integralidade. Trabalhamos arduamente em favor do desenvolvimento deste país e contribuímos significativamente pela geração de emprego e de renda tão necessários sobretudo no período pós-pandemia.
Entretanto, a UNECS acredita que não é possível admitir que o principal líder do país estimule a desavença e a desarmonia entre empregados e patrões. Ao contrário, de um governo eleito e com uma proposta de diálogo, esperase que questões tão fundamentais como essas não sejam generalizadas, mas que sejam tratadas como se deve – em mesas de negociação.
Subscrevem esse documento os presidentes das entidades que integram o Instituto UNECS: José César da Costa, Presidente UNECS e da CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas; Leonardo Miguel Severini, Presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores; João Carlos Galassi, Presidente da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados; Paulo Solmucci, Presidente da ABRASEL; Paulo Eduardo Guimarães, Presidente da AFRAC – Associação Brasileira de Automação para o Comércio; Alfredo Cotait Neto, Presidente da CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil; Geraldo Defalco, Presidente da ANAMACO – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção.
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