‘Quem não deve não teme’, afirma Eliza sobre decisão de Moraes

Publicado por: Felipe Nunes em

Vereadora Eliza Virgínia (PP) / Foto: reprodução

A vereadora Eliza Virgínia (PP) disse nesta sexta-feira (17), que não teme a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou um pedido da Procuradoria Geral da República para incluir políticos paraibanos, incluindo ela, nos inquéritos instaurados para apurar os crimes executados no dia 08 de janeiro em Brasília.

De acordo com a decisão, a Polícia Federal tem 15 dias para ouvir, além de Eliza, Walber Virgolino, deputado estadual, Cabo Gilberto Silva, deputado federal e Nilvan Ferreira, comunicador, além da apresentadora Pâmela Bório, por autoria intelectual ou instigação dos atos cometidos no dia 8.

“Será muito interessante eu fazer as oitivas pois vou querer saber quais são as provas de que eu tenha tido qualquer autoria intelectual. Tudo isso vai ter que ser colocado em mesa, e como quem não deve não teme eu irei prestar os devidos esclarecimentos”, opinou.

A decisão de Moraes, ao atender a PGR, se deu a partir de uma ação do PSOL, que inicialmente solicitava a prisão e a suspensão das redes sociais dos políticos paraibanos citados, que são ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O PSOL cria uma narrativa e aumenta as coisas, além de mentir, para prejudicar as pessoas que são alvos do ódio do bem deles, mas não temo porque não há provas de que eu tenha participado ou instigado nada. A não ser que fabriquem provas”, disse.

No início deste mês, Eliza apresentou, na Câmara de João Pessoa, um requerimento solicitando que a Bancada Federal da Paraíba se empenhasse em apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos do dia 08 de janeiro. O requerimento foi aprovado, mas em Brasília, somente três parlamentares paraibanos assinaram o documento.

A decisão

Na representação, o PSOL também solicitou a prisão preventiva dos paraibanos, além da suspensão do acesso deles às redes sociais mediante o bloqueio de cada um dos representados, mas a PGR não concordou com os pedidos. Com a decisão de Moraes, haverá o aprofundamento das investigações. “(…) Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República, e DETERMINO: (a) a juntada de cópia da presente representação aos autos do Inquérito nº 4921, com o objetivo de apurar as condutas de WALBER VIRGOLINO, NILVAN FERREIRA, ELIZA VIRGINIA e GILBERTO GOMES DA SILVA por autoria intelectual ou instigação dos atos cometidos no dia 8/1/2023; (b) a juntada de cópia da representação aos autos do Inquérito nº 4922 para aprofundar a investigação quanto ao envolvimento de PÂMELA BÓRIO no núcleo de executores materiais dos atos criminosos”, escreveu o ministro.

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