Provas colhidas durante a prisão do empresário Bueno Aires, sócio da Fiji Solutions, na investigação de abuso sexual, poderão ser compartilhadas com a Polícia Federal para subsidiar a investigação de estelionato. A informação foi confirmada pelo delegado João Ricardo Moreira ao blog Agenda Política, nesta quarta-feira (14).
A investigação sobre abuso sexual já existia desde o ano passado, tendo ganhado impulso no mês de fevereiro, quando eclodiu o escândalo Fiji, em que centenas de clientes afirmaram ser vítimas de golpes praticados pelo empresário de Campina Grande.
“Não há ligação entre as duas investigações, inclusive elas estão em âmbitos diferentes, já que o caso Fiji está com a Polícia Federal. Elas não têm ligação, mas eventuais provas que consigamos no decorrer da nossa investigação poderão ser compartilhadas com a Polícia Federal”, disse o delegado João Ricardo. (OUÇA ABAIXO).
A prisão de Bueno Aires foi efetuada pela Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Crimes Cibernéticos – DECC, através de um mandado de prisão temporária. Ele estava no Rio de Janeiro e foi capturado pela Polícia Civil carioca, que deu apoio às investigações da PC paraibana. O trabalho teve a participação também da Polícia Rodoviária Federal e do Gaeco.
De acordo com o delegado, Bueno armazenava em seus dispositivos imagens de crianças e adolescentes praticando sexo, o que é crime. Ele teria baixado o conteúdo nas redes sociais, mas a polícia suspeita de que ele tenha informações sobre abuso sexual praticado por um terceiro que aparece em imagens armazenadas.
De acordo com a Polícia Civil, se eventualmente surgirem informações, ao longo das investigações, sobre as irregularidades investigadas no Caso Fiji, pela Polícia Federal, as informações serão compartilhadas. Ele passará por audiência de custódia no Rio de Janeiro e será transferido à Paraíba ainda esta semana, para continuidade das investigações.
“Nós vamos pessoalmente ao Rio de Janeiro trazer ele para a Paraíba, após a audiência de custódia. Iremos organizar essa logística”, garantiu o delegado.
Agenda Política