
A produção musical na era digital e a crescente influência da Inteligência Artificial (IA) no cenário artístico serão o foco central do evento “Sementes do Futuro” neste sábado, dia 13 de dezembro, em João Pessoa. Para debater esse tema de vanguarda, o encontro contará com a presença do professor Carlos Eduardo Batista, do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID) do Centro de Informática da UFPB.
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Especialista em pesquisa sobre a relação entre produção sonora e IA, o professor destaca a urgência de debater o assunto, que ganhou visibilidade com o surgimento de ferramentas generativas mais acessíveis.
IA: ferramenta, e não Ameaça, para a música
Carlos Eduardo Batista inicia a discussão ressaltando que, apesar do burburinho recente, a IA já possui uma relação relativamente antiga com as ferramentas de produção musical, edição sonora e machine learning.
“Isso é um tema que de fato tem estado em voga bastante, né, por conta das ferramentas mais recentes que tem surgido, com relação à música particularmente, a gente tem as ferramentas de criação de música generativa. Tem outras ferramentas que estão sendo utilizadas também para facilitar, , vamos dizer assim, a decomposição de artefatos sonoros e elementos musicais, para poder você poder fazer mashup, remix, etc.”
Ao ser questionado sobre o convívio entre arte e tecnologia, o professor vê a IA primariamente como uma ferramenta, mas alerta para o principal ponto de atrito.
“Eu vejo a inteligência artificial como uma ferramenta, só que, obviamente, né, a gente não pode simplificar, os métodos, que ela tá em cima. A metodologia é que ela depende para poder funcionar. E isso envolve, obviamente, treinamento, que envolve o o uso de um conjunto de dados, né, informações e aí você começa a entrar numa seara de discussão de direitos autorais.”
Batista também aborda a “estranheza” inicial do público, que muitas vezes rejeita o que é produzido por máquinas, classificando-o apressadamente como não-arte. Ele acredita que esse é um “clash” que tende a diminuir com o tempo, permitindo que artistas encontrem novos caminhos criativos.
O que esperar da palestra no Sementes do Futuro
Na sua apresentação, o professor Batista se propõe a ir além das ferramentas populares de música generativa. Ele oferecerá um panorama de sua experiência em projetos públicos e privados desenvolvidos através da UFPB.
“Eu vou tentar fazer um panorama, né, do que realmente, porque, obviamente, muitas as pessoas vão ter só acesso a essas ferramentas mais populares, … Eu vou tentar falar um pouco da minha experiência. Falar um pouco das empresas que a gente trabalhou, os projetos que a gente trabalhou no público, no privado, […] E tentar justamente desmistificar a parte do que causa estranheza e realçar realmente os pontos que merecem mais atenção.”
O foco principal da discussão será o desafio do direito autoral: “de como os artistas, de como os seres humanos que estão envolvidos ali no processo de treinamento, né, de tão gerando dados que são usados nos treinamentos, como é que eles podem ser ressarciados, como é que eles podem ser beneficiados por esse processo aí.”
Serviço:
- Evento: Sementes do Futuro
- Data: Sábado, 13 de dezembro
- Local: João Pessoa
- Destaque: Palestra do Professor Carlos Eduardo Batista (LAVID/UFPB) sobre Música e Inteligência Artificial.
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