Juiz apresenta extratos bancários e revela PIX feitos a promotora em defesa no TJPB

Publicado por: redacao em

A defesa do magistrado Glauco Coutinho e de seu filho, Diego Coutinho, apresentou, nesta segunda-feira (28), defesa escrita ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) em resposta à denúncia que pede a condenação de ambos pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O advogado Inácio Queiroz, responsável pela defesa, anexou mais de 150 documentos ao processo, que, segundo ele, comprovariam que os valores recebidos pelo juiz tratam-se de empréstimos pessoais, e não de vantagens indevidas.

“Não há vantagem indevida quando o valor recebido por Glauco foi devolvido, em parcelas, logo após o empréstimo”, afirmou a defesa.

Ainda conforme o documento, o advogado que teria emprestado dinheiro ao juiz não atua em nenhum processo na comarca de Gurinhém, o que afastaria a hipótese de favorecimento ou corrupção passiva.

PIX para promotora causa repercussão

Um dos pontos que mais chamaram atenção na defesa foi a apresentação de extratos de PIX realizados para a representante do Ministério Público que atua na comarca de Gurinhém. O juiz questiona se “a douta promotora cometeu algum crime em receber estes valores”, afirmando que se tratariam também de empréstimos pessoais.

A defesa sustenta que, da mesma forma, não há conduta ilícita ou recebimento de vantagem indevida nesses repasses.

Acusações contra Diego Coutinho

O filho do magistrado, Diego Coutinho, foi incluído na denúncia sob a alegação de lavagem de dinheiro, após receber R$ 50 mil de um amigo do pai e usar parte do valor no pagamento de um imóvel.

A defesa apresentou documentos e registros de cartório para demonstrar que o contrato de compra e venda do lote, localizado em João Pessoa, foi assinado e registrado em Brasília, onde Diego cursava residência médica na época.

Segundo a peça, o juiz Glauco teria contratado um empréstimo de quase R$ 2 milhões na Caixa Econômica Federal para quitar o terreno e iniciar a construção do imóvel.

“Como um imóvel financiado pela Caixa, com registro em cartório e declarado no Imposto de Renda, pode ter servido como forma de branquear dinheiro ilegal? Impossível”, argumenta a defesa.

Expectativa de rejeição da denúncia

Em contato com o Polêmica Paraíba, o Inácio Queiroz declarou que confia na rejeição da denúncia, destacando que o Judiciário paraibano é formado por magistrados competentes, sérios e alheios à opinião pública na aplicação do direito.

O caso segue sob análise do Órgão Especial do TJPB.

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