O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira, 23, que recebeu uma denúncia anônima sobre possíveis irregularidades na pasta em agosto de 2021 e a enviou à Controladoria Geral da União (CGU). “Eu convivi com eles [pastores Gilmar e Airton], em termos de viagem, umas quatro viagens, e eu nada vi de diferente. No entanto, quando em agosto do ano passado eu ouvi e recebi uma denúncia anônima a respeito da possibilidade de que eles estariam praticando algum tipo de ação não republicana, imediatamente eu procurei a CGU e fiz um ofício em que noticio ao senhor ministro da CGU que houve esse tipo de indicação”, relatou em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News.
As informações sobre as denúncias encaminhadas à CGU também foram confirmadas pela TV Globo. “Não estou aqui acusando ninguém, não estou dizendo que são culpados, não sei quem está envolvido, não sei aonde esta investigação termina, mas o fato é que, por documento oficial, a meu pedido, eu fiz registrar na CGU um pedido de investigação”, acrescentou na entrevista à Rádio Jovem Pan.
Ribeiro negou que tenha beneficiado prefeituras indicadas pelos pastores e disse que nunca existiu um “gabinete paralelo” no MEC. “Em primeiro lugar, meu respeito ao presidente, que é o dono do cargo em termos de administração. Ele, a qualquer tempo e a qualquer modo, pode pedir para eu me retirar. Aí sim [deixaria o cargo]. Agora, não por forças que têm componentes políticos entrando de uma maneira muito forte, em que o grupo que é uma base de sustentação do presidente, que são os evangélicos, querem associar o que há de mais horrível que possa existir na administração pública – que é a questão de desvio de dinheiro público. Não admito isso”, destacou.
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Fonte: Jovem Pan