Uma análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e divulgada esta semana, aponta para a continuidade da trajetória de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, que começou no segundo semestre de 2021. De acordo com o órgão federal, a taxa de desocupação recuou pela 13ª vez consecutiva, chegando a 8,9%, em junho de 2022 e atingindo o menor patamar desde julho de 2015.
A informação foi publicada inicialmente pelo Metrópoles e confirmada pelo presidente do IPEA, Erik Figueiredo, ao blog Agenda Política.
De acordo com os números, no mês de junho, a população ocupada no país era composta por 98,7 milhões de pessoas, um avanço de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Depois de ajuste sazonal, o contingente passou para 101,2 milhões de ocupados em junho, alta de 1,4% em relação a maio, um novo recorde da série, iniciada em janeiro de 2012.
Já o nível de ocupação do mercado de trabalho chegou a 57% em junho deste ano, aumento de 4,5 pontos percentuais em relação a junho do ano passado. Este dado corresponde à proporção de ocupados em relação à população total em idade ativa.
Desocupação
A taxa de desocupação passou de 13,7% em junho de 2021 para 9,2% em junho de 2022, e agora é de 8,9%. Segundo o estudo, a queda no desemprego só não foi maior porque mais pessoas entraram na faixa de idade de trabalho. A força de trabalho brasileira era composta por 108,7 milhões de pessoas em junho deste ano, alta de 4,1% em relação ao mesmo período de 2021.
Por outro lado, a quantidade de desempregados no país também vem recuando continuamente. Em junho deste ano, a população sem emprego era de aproximadamente 10 milhões de trabalhadores, 4,3 milhões de pessoas a menos em relação ao observado em junho de 2021. A queda nesse período foi de 30,1%.
Mercado informal
Os dados apontam, também, para a expansão da ocupação informal. Houve aumento de 21,9% dos empregados sem carteira no setor privado entre junho deste ano e junho do ano passado. Já o emprego privado formal teve alta de 12,2% na mesma base de comparação.
No caso dos trabalhadores por conta própria, o ritmo de crescimento da população ocupada vem perdendo força. Em junho, essa população teve alta de 3,6%, na comparação interanual.
O desempenho apresentado é comprovado pelas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. Em junho, a economia brasileira gerou 278 mil novas vagas formais, contribuindo para a criação de 2,6 milhões de postos de trabalho formais nos últimos 12 meses.
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Agenda Política