Ex-presidente do IPEA, economista paraibano explica como reoneração de combustíveis recairá sobre mais pobres

Publicado por: Felipe Nunes em

Economista paraibano Erik Figueiredo, ex-presidente do IPEA / Foto: reprodução

O ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), o economista Eirk Figueiredo, disse por meio das redes sociais, que a eventual reoneração dos combustíveis deverá recair sobre os mais pobres, refletindo-se no custo de vida das pessoas com o aumento da inflação.

A desoneração dos combustíveis, iniciada ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), termina nesta terça-feira (28) e o Governo Lula estuda o que fazer com os impostos. A ala econômica do governo defende a reoneração como uma forma de aumentar a arrecadação.

Atualização: O Ministério da Fazenda do Governo Federal anunciou, durante a tarde desta segunda-feira (27), a reoneração dos combustíveis.

De acordo com cálculos do paraibano, o retorno da cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis deve encarecer o abastecimento de um carro em R$ 28. Segundo ele, um motorista que usa 4 tanques por mês, arcará com uma despesa adicional de R$ 112, valor 6 vezes superior ao aumento do salário mínimo, apenas R$ 18.

Ainda segundo Figueiredo, estimativas indicam que isso aumentará a arrecadação do governo federal em R$ 29 bilhões (menos do que 2% da arrecadação total). Esse valor mais do que supera o orçamento do ministério da cultura, estimado em R$ 10 bilhões.

“É interessante que o brasileiro saiba para onde esta indo seu dinheiro. É importante que o brasileiro tenha consciência de que o governo opta pelo aumento da taxação do seu povo”, reforçou.

Apesar da confirmação do governo quanto a reoneração, o tema não é unanimidade no próprio Palácio do Planalto.

Enquanto o ministro da economia, Fernando Haddad, defende a reoneração, a deputada federal Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, pedia a continuidade da desoneração.

Parlamentares da bancada federal da Paraíba, a exemplos do senador Efraim Filho (União) e dos deputados Romero Rodrigues (PSC) e Wilson Santiago (Republicanos) se manifestaram contra a volta da cobrança de mais impostos.

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