Série do IBGE mostra queda no desemprego em 2022 / Foto: Agenda Política
Caiu para 7,9% a taxa de desemprego no Brasil, no trimestre terminado em dezembro de 2022, de acordo com números divulgados pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). O período marca o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Levando em conta a série histórica, é o menor índice desde fevereiro de 2015, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando o país entrou em recessão. Ainda de acordo com o IBGE, na média do ano passado, a taxa de desemprego foi de 9,3%, melhor desempenho também desde 2015.
Trata-se de um fator positivo na política do ex-ministro da economia, Paulo Guedes, centrada na visão liberal e na desburocratização do mercado de trabalho, fatores que contribuíram também para a queda da inflação e superávit na economia, depois de 4 anos no vermelho.
Em 2021, o resultado do desemprego tinha sido de 13,2% na taxa de desemprego, um muro que parecia intransponível e desalentador. Mas em apenas um ano, mais 3,622 milhões de brasileiros encontraram uma ocupação. Em quatro anos, essa marca chega a 5 milhões de empregos.
Expectativas para 2023
Os olhares, agora, se voltam para o futuro: como reagirá o mercado de trabalho em relação às políticas adotadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro Fernando Haddad (PT), com uma política de maior intervenção do estado na economia?
Para o economista Werton Oliveira, os primeiros sinais indicam um cenário de estabilidade nos índices do mercado de trabalho, que poderão sofrer influência de dois fatores principais: as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda no campo fiscal e o patamar da Selic, a taxa básica de juros.
“Há expectativa de acomodação dos níveis de desemprego, podendo haver até uma reversão dessa tendência”, avaliou.
“Temos que estar de olho na política fiscal. Pode ser que haja uma queda da Selic no fim de ano, mas só se a política fiscal do governo pisar no freio também. O ministro Fernando Haddad falou que está elevando impostos justamente para cumprir as metas fiscais desse ano (arrecadação), mas vamos aguardar o anúncio da âncora fiscal do governo, que será definida”, observou o economista.
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