Mais uma vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira, adiou a votação da PEC que pode provocar interferência política no Ministério Público. O texto chegou a ser discutido na sessão realizada na tarde desta quinta-feira (14), mas a Mesa Diretora propôs o adiamento da votação.
“Essa presidência informa que nós, hoje, terminaríamos a discussão da matéria e marcaríamos a votação da PEC pra terça-feira, dia mais adequado. Talvez, com o plenário completo, possa facilitar a discussão e torná-la mais democrática”, disse Lira.
Ainda em meio à sessão, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o promotor Deltan Dallagnol divulgou um vídeo em que pede a população para que se manifeste contra a chamada “PEC da Vingança”, que teria como resultado o aumento da influência política no órgão por meio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Se você não se posicionar agora, o Ministério Público que trabalha de modo firme contra a corrupção política vai deixar de existir. É muito grave”, disse Deltan. Em junho deste ano, em entrevista ao Sistema Arapuan, o promotor já havia feito alertas sobre alterações legislativas que poderiam minar o trabalho do Ministério Público.
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A proposta
O relator do texto, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), divulgou uma nova versão do seu parecer à PEC que muda a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A proposta aumenta ainda mais a influência do Congresso Nacional nas indicações ao Conselho. O relatório mais recente defende que sejam cinco indicados, e amplia também o número total de conselheiros para 17. Atualmente são 14.
RELEMBRE ENTREVISTA DE DELTAN AO SISTEMA ARAPUAN:
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