‘Das tripas coração’: candidatos do PL na Paraíba seguem sem recursos para campanha

Publicado por: Felipe Nunes em

A 27 dias para as eleições de outubro, os candidatos do PL na Paraíba seguem sem receber recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundão eleitoral, para bancar suas campanhas para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e para a Câmara Federal. “Estamos fazendo das tripas coração”, disseram na noite deste sábado (03), ao blog Agenda Política, de forma reservada.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nenhum dos candidatos ao legislativo, do partido, recebeu recursos. O mesmo acontece com o candidato ao Governo do Estado pela oposição, Nilvan Ferreira (PL), que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio da Redenção.

Nos bastidores, a ausência dos repasses tem motivado uma crise de confiança entre parte dos candidatos e a direção estadual da legenda, comandada pelo deputado federal Wellington Roberto (PL), que em entrevistas na última semana tratou como natural a demora no repasse dos recursos, alegando questões burocráticas, e negou que haja uma crise interna.

De acordo com um dos candidatos ouvidos pelo blog, hoje, além de suas campanhas eleitorais, uma das preocupações é com o projeto do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado, que segundo ele tende ser prejudicado com a demora no repasse dos recursos após duas semanas do início da propaganda eleitoral. “Isso está prejudicando a chapa do presidente em nosso estado, sem dúvidas”, disse.

Outro integrante do partido chegou a falar em “boicote”, sem entrar em detalhes sobre a afirmativa. Uma das razões para a preocupação é uma matéria publicada pela coluna Radar, de O Globo, na última quinta-feira (01), apontando que o PL já “zerou” o fundo eleitoral de R$ 269 milhões. “Quando vão destravar os recursos dos candidatos da Paraíba?”, questionam.

Explicação: a burocracia

Na semana passada, em entrevista à Rádio Arapuan FM, o deputado federal Wellington Roberto, presidente do PL na Paraíba, disse que ficou “surpreso” com as notícias sobre a suposta crise no partido e justificou que a legenda segue prazos para o envio de recursos para as candidaturas. A demora no repasse, segundo ele, ocorre por questões burocráticas.

“Estamos dentro do prazo normal, de abertura de contas, pois é feito um cadastro através de um sistema entre o partido e os candidatos. Abertura de contas é um trâmite que demora, mas até o início do mês é algo que estará solucionado. Quem traz informações infundadas é quem quer desagregar”, opinou.

Agenda Política

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