A cantora sul-africana Tyla se tornou alvo de uma intensa polêmica nas redes sociais após divulgar um vídeo em que aparece caminhando ao lado de um tigre preso por uma corrente.
As imagens, publicadas no último fim de semana, foram gravadas no Al Buqaish Private Zoo, um zoológico privado localizado em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, a cerca de 40 quilômetros de Dubai.
O que inicialmente parecia ser apenas mais um registro de luxo e impacto visual rapidamente se transformou em um amplo debate sobre exploração animal, responsabilidade de figuras públicas e os limites do uso da estética nas redes sociais.
Em poucas horas, o vídeo se espalhou por plataformas como X (antigo Twitter), Instagram e TikTok, acumulando milhares de comentários, críticas e também reações irônicas.
No registro, Tyla aparece caminhando tranquilamente pelas instalações do local enquanto segura a corrente presa ao tigre. O comportamento apático do animal chamou a atenção de internautas, que passaram a levantar suspeitas de que ele estaria sedado. Para muitos usuários, a cena ultrapassa qualquer noção de entretenimento ou glamour.
Críticas se multiplicaram, acusando a artista de normalizar práticas consideradas cruéis ao utilizar um animal silvestre como elemento estético. A frase “animais não são acessórios” passou a circular com força, tornando-se um dos principais lemas da repercussão negativa.
“Eu amo a Tyla, acompanho desde o início, mas isso não tem defesa. O tigre está claramente sedado. Animal silvestre não é item estético. Esperava muito mais dela”, comentou um internauta.
Uma parcela menor do público saiu em defesa da artista. Alguns argumentaram que nem todo animal em cativeiro está sedado e que existem tigres que se tornam mais dóceis ao longo do tempo.
“Vocês criticam sem conhecer a realidade desses locais. Nem todo animal quieto está dopado”, escreveu um usuário.
A controvérsia surge em um momento estratégico da carreira da cantora, que vive uma fase de ascensão global impulsionada pelo sucesso do single “CHANEL”, recentemente incluído no Top 20 do Spotify Global. Além disso, Tyla vem ampliando sua presença fora da África, com shows internacionais e parcerias de grande visibilidade.
Debate sobre ética, fama e redes sociais
O caso reacende uma discussão recorrente na cultura pop: até que ponto artistas devem ser responsabilizados pelo conteúdo que compartilham? Para críticos, o problema não se limita ao vídeo em si, mas à mensagem transmitida a milhões de seguidores.
Especialistas e ativistas frequentemente alertam que zoológicos privados e atrações semelhantes podem recorrer à sedação para facilitar a interação com humanos, prática que, mesmo quando permitida por leis locais, enfrenta forte rejeição em outros países.
Até o momento, Tyla não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica.
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