O ginásio do Sesi de Caxias do Sul (RS) foi palco, neste domingo, 01.05, da cerimônia de abertura da 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão (Summer Deaflympics). Entre atletas, dirigentes e comissões técnicas, o megaevento reúne mais de cinco mil pessoas, que representam 77 países na disputa de 20 modalidades no masculino e 18 no feminino.
O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o secretário nacional do Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Agtônio Guedes, representaram o Governo Federal.
“A transformação por meio do esporte é uma das missões mais nobres do Ministério da Cidadania. Somos o braço social e esportivo do Governo Federal. A nossa tarefa é a de não deixar ninguém para trás, de fazer do Brasil um país inclusivo, justo e soberano”, ressaltou Ronaldo Bento.
O desfile das delegações foi aberto pelos franceses, em menção a 1ª edição da Summer Deaflympics, em 1924, na cidade de Paris (França). A delegação brasileira, que ao todo conta com 199 atletas. A porta-bandeira foi Stefany Krebs, do futebol feminino.
“O Brasil é a primeira nação latino-americana a receber as Surdolimpíadas. Nossa delegação é a maior do país na história do megaevento. Vamos fazer história em Caxias do Sul, ampliando a coleção de 10 medalhas que conquistamos até hoje”, afirmou Ronaldo Bento.
As apresentações artísticas foram destaque na cerimônia, que teve a participação de alunos da escola Helen Keller, o espetáculo ‘Mãos que falam’, em menção à língua de sinais, além de performances apresentadas por artistas gaúchos, em representação à cultura local.
A Tocha Surdolímpica foi conduzida no ginásio pelo nadador Guilherme Maia, dono de cinco das dez medalhas conquistadas pelo Brasil até hoje na história da competição, e também por Mário Pimentel, primeiro presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos.
Os brasileiros vão disputar 17 modalidades no masculino e 14 no feminino. Futebol, vôlei, handebol, basquete, atletismo, badminton, natação, ciclismo de estrada, ciclismo mountain bike, tiro esportivo, orientação, tênis de mesa, judô e caratê terão representantes nos dois naipes. No tênis, vôlei de praia e taekwondo o Brasil tem equipes masculinas.
Para Diana Kyosen, presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), as Surdolimpíadas proporcionam esperanças de um futuro promissor para a comunidade de atletas surdos. “Essa esperança se fortalece com a nossa presença neste evento, com mais de 5 mil surdoatletas e membros de comissões técnicas, vindos de 77 países, o que comprova a força e a unidade do nosso movimento surdolímpico”, disse.
Presença Federal
Em dezembro de 2021, o Governo Federal investiu R$ 800 mil na realização da Surdolimpíada Nacional de São José dos Campos (SP). Outros R$ 400 mil vieram a partir de emendas parlamentares. A competição serviu de seletiva para montar a delegação que está em Caxias.
O Governo Federal também é parceiro das Surdolimpíadas de Caxias do Sul com o Jogo Limpo. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) indicou oficiais de controle de dopagem capacitados para trabalhar no megaevento esportivo. Além disso, disponibilizou 250 kits para testes antidopagem e forneceu insumos para a realização das coletas de amostra.
A abertura contou ainda com as participações do prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, de Gustavo Perazzolo, presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD), do governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, e do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, o multicampeão do atletismo Yohansson Nascimento.
Com informações do Ministério da Cidadania